quinta-feira, 11 de março de 2010

BARREIRAS POLÍTICAS À EMANCIPAÇÃO DO OESTE DO PARÁ

O Oeste do Pará precisa ser emancipado. Razões há muitas, sendo algumas principais, a distância do centro do poder administrativo, a capital; também a divisão injusta dos benefícios de arrecadações de recursos do Estado, isso acontecendo por conta da errônea ideologia centro x periferia. Por outro lado, o Oeste do Pará já tem capacidade social, política e econômica de subsistir, ao menos aos moldes do que ocorre hoje nos estados brasileiros do norte.

Um milhão de habitantes desta região vive a reboque dos interesses de políticos e administradores de Belém, que gastam maior parte dos recursos arrecadados em benéficos da capital e seus arredores. Assim, já é hora de as populações desta região exigirem respeito a seus direitos de autonomia político administrativa, como já vem fazendo obstinadamente o grupo de voluntários que busca sensibilizar populações regionais e o ongresso nacional para terem o direito de manifestar sua opção num plebiscito.

Um dos obstáculos maiores tem sido os interesses mesquinhos das elites econômico políticas de Belém e do congresso nacional. E mais grave, os interesses políticos dos estados do sul e sudeste do Brasil que recusam repartir a força política e o bolo dos fundos federais. Mas, o mais triste dessa história da busca de emancipação do Oeste do Pará, tem sido o comportamento e certos políticos paraenses, principalmente daqueles que têm sido eleitos com grande apoio dos e das eleitoras desta região. O deputado federal, eleito com maioria de votos do Oeste do Pará, agora se pronuncia contra a emancipação e de maneira oblíqua, alega que as elites da capital não permitem a emancipação, que só ocorrerá daqui a uns 20 anos (quando ele e outros já tiverem morrido, ao menos politicamente). Qual o interesse dele e dos outros contra tal direito de um milhão de pessoas poderem utilizar o plebiscito e dizerem se querem ou não a emancipação? Terá ele e os outros, interesses econômicos com tal oposição? Interesses políticos pessoais? Estarão eles presos a interesses de seus partidos, cujo comando está lá no sul do país e são contra a emancipação? Ou estarão eles submissos a jogo de interesses das elites político econômicas de Belém do Pará?
 
Esses políticos que hoje são contra a emancipação do Oeste do Pará, daqui a pouco chegarão na região em busca de votos para se reelegerem. Merecerão ainda votos dos e das eleitoras daqui, que hoje precisam dos
votos deles para acelerar a emancipação? Democracia é o governo do povo, pelo povo e com o povo. Se for verdade, político precisa aprender urgentemente a respeitar os anseios das populações, que eles supostamente representam. Sim ou não?

Pe. Edilberto Sena

Nenhum comentário: