quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

EDITORIAL 03.02.2010

Tajimarral, mausoléu todo em mármore branco, lá na Índia, é uma das sete maravilhas do mundo. A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro é outra  maravilha do mundo moderno. Agora surge novo concurso de maravilhas do mundo, é sobre as novas sete maravilhas mundiais da natureza. E a floresta amazônica, merecidamente  está entre as candidatas ao título de uma das mais belas maravilhas da natureza.

Existem outras florestas no planeta, também montanhas, cordilheiras e desertos, todas maravilhas, mas a floresta amazônica tem quase tudo para ser a maravilha das maravilhas. Só há um obstáculo sério a prejudicar essa candidatura. É que essa floresta amazônica já perdeu 16 por cento de sua cobertura. Só nos últimos 10 anos foram derrubados 96 mil quilômetros quadrados de matas, o equivalente a mais de 5.000
campos de futebol. Esse desastre não foi causado por vulcões, ou terremotos, mas por fazendeiros, madeireiros e donos de agro negócios.

A grande ameaça ao título de uma das sete maravilhas da natureza à Amazônia é que, segundo estudiosos, se a derrubada de floresta continuar no ritmo dos últimos 5 anos, dentro de mais 20 anos, chegará a 25 por cento o tamanho de floresta amazônica destruída e então, em vez de maravilha será uma grande desgraça para seus atuais 25 milhões de moradores e para todo o planeta.

Votar hoje pela Amazônia maravilha da natureza  é importante, mas só se isso for acompanhado de combate a essa tolerância do próprio Estado brasileiro para com a grilagem de terras, assentamentos em área florestal e permissão de exploração minerais a granel, além de se combater o plano perverso do governo federal de construir dezenas de grandes hidrelétricas na Amazônia.

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