segunda-feira, 27 de julho de 2009

Padre Edilberto Sena critica Ministro e presidente Lula.

Por: Manoel Cardoso

Membros de entidades ligadas ao meio ambiente estão unindo forças contra a construção da Hidrelétrica de São Luiz, localizada na cabeceira do rio Tapajós, município de Itaituba, Oeste do Pará. A Frente em Defesa da Amazônia (FDA) informou que já entrou em sintonia com o Ministério Público Federal (MPF), com o objetivo de unir forças contra a construção da hidrelétrica, onde em novembro próximo uma comissão da entidade deve visitar a aldeia dos índios Mundurucus, para que juntamente com os Kaiapós, possam ficar mais solidificados contra o empreendimento.

O membro da FDA, padre Edilberto Sena, ressalta que a batalha continua entre as pessoas que querem o progresso a qualquer custo, como o Governo Federal e, a população que luta em defesa da cultura dos povos da Amazônia. O padre confirmou que na última quarta-feira, 22, o procurador da república Felício Pontes Júnior, além de representantes de entidades ligadas ao meio ambiente, estiveram em Brasília, em uma reunião com a presidente Lula, com a proposta de apresentar ao Executivo nacional a injustiça do Governo ter consultado apenas o Ministro de Minas e Energia Edson Lobão e, empresas interessadas na construção da hidrelétrica, sem anteriormente ter comunicado os ribeirinhos.

“Não é justo o governo ter apenas consultado o Ministro e os empresários e, desgraçar a Amazônia”, dispara o religioso.

Segundo padre Edilberto Sena, devido a inúmeros problemas que estão acontecendo em termos da liberação para a construção da Usina de Belo Monte, se torna grande a possibilidade do ministério das Minas e Energia, em conjunto com a Eletronorte, dirigir suas respectivas atenções para São Luiz do Tapajós, o que causa preocupação para os ambientalistas. Ele reitera que o Governo Federal quer colocar hidrelétricas no Tapajós, para servir a grandes empresas multinacionais, como Alcoa, Mineração Rio do Norte e Vale do Rio Doce.

“Em nome da Amazônia queríamos que todos os cidadãos Amazônidas compreendessem que não é justo que a região continue a ser colônia. Então, temos que defender aquilo que é nosso”, desabava o ambientalista, afirmando que o Governo Federal anunciou que tem feito estudos desde o ano de 1997 na região do Tapajós e, que a partir de novembro deste ano deve começar a solicitação da licença ambiental.

“O Governo está com um plano definido sem discutir, sem consultar com a nossa sociedade. Assim como fizeram com a mudança do horário de Santarém, querem fazer com a hidrelétrica de São Luiz”, finalizou.
Fonte>>>O Impacto

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